segunda-feira, 31 de março de 2008

Ele há gente abusadora não há?

Uma das características do povo português, é o facto de sermos comunicativos. Por vezes até chegamos a ser demasiado comunicativos, o que nos pode vir a tornar bastante chatos e / ou cansativos. Atenção! Eu falo disto por experiência própria! Eu mesma sou uma fala-barato e não dispenso uma boa conversa. Contudo pessoal, eu, repito, EU conheço a rainha dos fala baratos! É verdade! Conheço-a e posso dizer que mora no outro lado da minha rua. Sim senhor, é minha vizinha! Essa criatura (cujo nome não posso revelar para assegurar a sua segurança) é capaz de passar imenso tempo á porta da minha cozinha a falar, a falar … e o problema é que nem tudo o que ela diz se percebe! Muitas vezes só consigo apanhar uma ou duas palavras no meio de 20 e a partir delas tento adivinhar o que ela estava a tentar dizer! Confesso que tenho a impressão de que já fui insultada por esta senhora, isto porque ás vezes olha para mim e “ grunhe “ qualquer coisa baixinho mas, lá está, como não entendo o que ela diz não posso fazer nenhuma acusação formal… limito-me a sorrir.
O mais engraçado no meio desta história é que a minha vizinha entra lá em casa sem bater á porta! Passo a explicar: ela chama por algum de nós e depois, como se fosse da família, abre a porta e berra lá para dentro algo parecido com isto:
- Está aí alguém ou está tudo a dormir?
Acho simplesmente fabulosa esta capacidade que esta senhora tem em… como é que eu hei-de… abusar do tempo e sobretudo, da paciência de pessoas que até têm coisas mais importantes para fazer na vida do que estar a tentar decifrar o que ela diz. É que, parecendo que não, cansa!
Não se contentando em ir a minha casa falar de coisas tão importantes como, a vida dos outros, percorre grande parte das casas da minha rua à procura de um pouco de atenção.
Esta minha vizinha é uma caricatura daquilo que é considerado como uma importante característica de nós, portugueses. No entanto, continuo a ser da opinião de que, quem disse que a comunicabilidade era uma importante característica e até virtude do povo lusitano, não tinha, certamente, uma vizinha como a minha.

Maria João

quinta-feira, 27 de março de 2008

Eu avisei

O tema sobre o qual me vou debruçar no texto de hoje é - como é que hei-de dizer isto? - muito pouco interessante. É isso é, mas como o blog carece de actualização e de momento não me ocorre nada melhor, só vos resta levar com isto (ou fechar imediatamente a janela, mas isso deixar-me-ia muito triste e aborrecida). Então reza assim:

Era uma vez uma menina chamada Miquelina que tinha um gatinho de seu nome Piruças. Certo dia, o Piruças subiu a uma árvore e... Bom na realidade, o texto não começa assim, nem vai falar de uma menina chamada Miquelina nem do seu gato Piruças. O objectivo desta “falsa partida” foi o de preencher algumas linhas, de modo a que o texto não ficasse tão miudinho (“falsa partida” + explicação da "falsa partida” = 6 linhas). Mas, vamos lá ao que interessa porque a minha vida não é só isto!

A Páscoa realiza-se “no primeiro Domingo após a primeira Lua cheia que apareça depois do equinócio da Primavera boreal”. Ora está explicado porque é que nosso senhor Jesus Cristo ressuscita sempre em domingos diferentes.

Pronto era isto que tinha para dizer hoje. Não é nada de especial mas eu avisei!

Diana

quinta-feira, 13 de março de 2008

Foi em Fevereiro que te conhecemos

Era uma noite de Fevereiro muito fria, chovia imenso e o metro teimava em não chegar. “Com mil raios, isto só a mim!”, pensava eu. Mas o que eu não sabia era que a minha vida nunca mais seria a mesma depois daquela noite fria e chuvosa de Fevereiro. Finalmente uma luz surge no horizonte, ouço a voz off dos transportes Intermodais do Porto dizer: “Estimados passageiros, o próximo veículo a parar no cais 2, terá como destino a estação Estádio do Dragão”. Tendo em conta, que estava praticamente congelada e bastante encharcada, senti-me muito feliz quando o metro parou no “cais 2”. Entrei na primeira carruagem e sentei-me junto á janela, haviam muitos lugares vagos, afinal era sexta-feira à noite. Sinceramente, nem reparei nos restantes companheiros de viagem, para variar estava muito compenetrada a pensar em “nada”.

De repente os meus pensamentos são interrompidos por alguma agitação nos lugares ao lado. Dois seguranças estavam em alegre cavaqueira com um dos passageiros, e esse passageiro era nada mais, nada menos do que: o conhecido adepto do FCP, que um dia afirmou ser filho de Pinto da Costa, o “Emplastro”. Os seguranças estavam em polvorosa a fotografar o senhor, (cuja afinidade com as objectivas é do domínio público). Tenho quase a certeza de que, se em vez do “Emplastro”, viajasse no metro Angelina Jolie, eles não tinham feito tanto alarido. Aliás, que homem é que quer uma fotografia de uma gaja toda boa no telemóvel quando pode ter a do “Emplastro”? Aqueles dois. E foram embora tão contentes, que se assemelhavam a duas crianças a quem tinham sido oferecidos dois chupa-chupas tamanho XXL (como os das Chiquititas).
E depois têm a lata de dizer que as mulheres é que são estranhas e difíceis de compreender, não gozem comigo pá!

Diana

terça-feira, 11 de março de 2008

O meu cão é muito macho!... bem, se calhar é só um bocadinho macho, vá!

Uma das lembranças que eu tenho da minha infância foi descobrir (e diga-se, de uma maneira bastante chocante), que o meu cão era – e agora segurem-se – homossexual. Ok, ok, eu sei que quando as cadelas não estão com o cio, os cães têm de se desenvencilhar de alguma maneira, mas naquela altura ninguém me explicou isso. Aliás, eu, á relativamente pouco tempo, pensava que a homossexualidade não entrava no mundo canino… nem no nosso. Mas, posso dizer que esta revelação me chocou bastante na medida em que, depois disso ter acontecido, nunca mis consegui olhar para o meu Snoopy da mesma maneira. Sempre que ele vinha ter comigo para eu lhe fazer uma festinha, eu só conseguia ver á minha frente um cão que tinha saído do armário, afirmando sem medo, a sua homossexualidade. O mais engraçado era que ele parecia estar mais feliz depois de ter mostrado a toda a gente que afinal as fêmeas não lhe diziam muito! Até notei que ele demonstrava bastante interesse em espalhar essa notícia aos quatro ventos com o seu abanar de cauda ligeiramente alegre… demais.

A partir do momento em que se assumiu como gay, ficou mais meigo e a ter mais cuidado com ele mesmo. Passou a não comer qualquer tipo de coisa e a não fazer tantas fitas para tomar banho. Ás vezes lá o ia encontrar sentado na estrada a “galar” o cão do vizinho com o seu ar sedutor.

No início, foi difícil para mim aceitar tudo isso e confesso que para ele também, porque depois disso nenhuma cadela quis estar mais com ele… nem para um “one night stand”!

Neste momento, o Snoopy já não se encontra entre nós, mas guardo na memória todos os momentos que passámos juntos. Lembro-me de pensar, nas horas de maior tristeza, que talvez o Snoopy não fosse totalmente gay; talvez fosse bissexual, porque apesar de tudo, era um cão com bastante charme e que não resistia a um bom pitéu.


Maria João


Nota: não tenho nada contra homossexuais, muito pelo contrário, mas têm de compreender que para uma criança, ver o seu cãozinho envolvido em actos sexuais com outro cão é um pouco… chocante!

Extra, extra

A partir de hoje, esta pequena sociedade blogueira passa a contar com a colaboração de mais uma menina, também ela incrivelmente gira e jeitosa, de seu nome Maria João. Portanto, é mais uma razão para adicionarem este blog aos vossos favoritos.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Mas afinal

o que é um "camion"? Alguém sabe? Gostava de ser esclarecida, é que, um jornalista disse que o "camion" não conseguia passar devido à greve dos trabalhadores. Se alguém souber o que é, que me diga. Muito obrigada.

Diana

A Tina Turner e eu

Pois é, na sexta-feira fui cortar o cabelo e foi mais uma experiência traumática para juntar às inúmeras experiências traumáticas que tenho vivenciado ao longo destes 22 anos. O problema não foi o corte, foi o penteado. A cabeleireira desfigurou-me!

Aparentemente estava tudo a correr bem, a senhora cortou-me o cabelo exactamente como lhe pedi: uns 7 centímetros abaixo da orelha e todo espontado. Confesso que até estava a gostar do que via reflectido no espelho.

A coisa começou a ficar complicada quando se iniciou o processo de secagem: de repente ela estava a secar-me o cabelo de tal forma que ele já estava com metade do tamanho e com imenso volume. Mas eu pensava, "que se lixe, quando quando chegar a casa escovo-o e ponho uma fita ou uns ganchos para isto ir ao sítio."

O pior foi quando a cabeleireira decidiu pôr-me laca. Sim, laca! Eu nem tive tempo de dizer que detesto laca, quando dei conta já ela me tinha despejado meia lata de laca em cimma. Senti-me uma mosca a ser pulverizada com insecticida, foi horrivel! (Desde sexta-feira que nutro algum rerspeito, ainda que ínfimo, pelas moscas e vou sugerir à Inês e à Flor que o nome do blog seja alterado para: "Não gosto muito de moscas" ou "Não simpatizo muito com moscas".) Quando a pulverização terminou, olhei para o espelho e quase morri de susto! Sabem quem é que eu vi? A Tina Turner. Sim, eu parecia a Tina Turner (e só me apetecia cantar "you're simply the best"). Em menos de uma hora a cabeleireira tinha-me envelhecido 50 anos e ao levantar-me da cadeira já senti umas fortes "pontadas nas cruzes".

Já na rua e no caminho de regresso a casa, desejei muito ter uma bengala onde me apoiar e foi inevitável arrastar os pés. E sempre que alguém se dirigia a mim eu dizia coisas como: "Ai quem me dera no meu tempo...isto agora já não há respeito."

A grande conclusão que tiro deste episódio é a seguinte: com uma simples secagem de cabelo e uma lata de laca esta senhora faz o trabalho inverso ao de qualquer cirurgião plástico.

Diana

Nota: Ninguém me tira da ideia que foi aquela maldita laca que desencadeou o ataque de sinusite do qual padeço desde então.