quinta-feira, 23 de outubro de 2008

"Lucy"


Muitas são as vozes que se têm ouvido contra o novo programa de Luciana Abreu, “Lucy”. Esta é a nova aposta da SIC para entreter a pequenada nas manhãs de fim-de-semana. Aqui, Luciana faz de tudo um pouco. A menina canta, dança, tenta apresentar o programa, manda beijinhos a todas as “crianças do mundo”… No fundo é um programa de variedades, mas ao sábado e ao domingo de manhã.

Agora, as tais vozes insurgem-se contra as coreografias, algumas músicas e principalmente contra a indumentária usada pela apresentadora. É que dá ideia que todo o guarda-roupa de Luciana foi à máquina de lavar, mas como não foi lavado num programa para sintéticos, encolheu.

Mas afinal, estas vozes estavam à espera de quê? De repente a rapariga tem mamas, é normal que as queira mostrar a todo o mundo (mesmo que seja através de um programa infanto-juvenil). Então ela fazia um investimento e depois não o podia rentabilizar? Era o que faltava! Eu aprendi em Economia e Gestão que os investimentos para serem viáveis têm de ser rentáveis.

Por outro lado, este formato acaba por ser a forma encontrada pela SIC para conseguir colar famílias inteiras à televisão, nas manhãs de fim-de-semana. Isto sim é serviço público. Momentos em família. É disto que a nossa sociedade precisa! Ainda que as razões que levam cada elemento do agregado familiar a assistir ao programa sejam diferentes. Senão vejamos: a petizada vê porque adorou a “Floribella” e simplesmente gosta de Luciana Abreu; os pais e os miúdos mais crescidos vêm, porque não podem perder uma oportunidade para contemplar os investimentos da menina; já as mães e as miúdas mais crescidas vêm o programa porque, no fundo, gostariam de fazer um investimento igual ao que Luciana fez. Depois há aquelas pessoas que só vêm de forma a poderem exercer o seu poder crítico.

Agora o leitor pergunta, “Ò Diana, mas que vozes são essas? Han?”. Olhe leitor é a minha, a da Flor, a da Maria João e a da Inês, por exemplo. E o leitor, armado em fino, como sempre, responde, “Ah! Isso é mas é inveja!”. Pois é caro leitor. É inveja sim senhor. Todas nós queremos um topezinho e uns calçõesinhos daqueles, mas infelizmente não encontramos em lado nenhum. Oh sorte malvada!

Diana

Nota: É pá e não é que parece que regressámos ao activo? Desde já ficam aqui as minhas mais sinceras desculpas.

3 comentários:

Eric Draven disse...

deixe-me desde já dizer-lhe que vi 2 minutos da "Lucy" (e ja agora, façam uma pesquisa paleontológica por este nome - Lucy - sai algo parecido com a Luciana Abreu no tamanho do cérebro) e havia visto dois minutos da Floribella (ó Flor eu processava-os por causa do nome do programa) e devo dizer que a ridicularidade do programa é a mesma. Só diminuiram as roupas e também deram a estas um brilho glamoroso que me deixou cego durante mais de meia hora!!

(gostei da crítica moça! keep on doing the good job!)

cαтια. disse...

Gostei e concordo. É caso para se dizer: já não há programas como antigamente!
A Luciana Abruu é apenas outra Ana Malhoa.

Diana disse...

Cátia, eu não disse o que vou dizer a seguir: a Ana Malhoa era melhor! o "buereré" era melhor do que o "Lucy" (até o "malucos do riso" é melhor!).