terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Cartões, papelões e outras confusões

Ai o que eu gosto de andar de transportes públicos – o meu favorito é o metro da linha B (Póvoa de Varzim – Estádio do Dragão) em hora de ponta. Sempre que o faço sou confrontada com uma ou outra situação caricata.

Ainda hoje, por exemplo, entraram no metro 9 pessoas (3 homens e 6 mulheres), que tendo em conta a forma de vestir, a fisionomia e a língua em que se expressavam penso serem dos países de Leste. Quando saíram na Estação da Trindade, pude observar que alguns levavam debaixo do braço um pedaço de cartão, como quem leva um jornal. Até aqui tudo bem, todos nós já andámos com bocados de papelão debaixo do braço. Dá sempre jeito. Se estiver um dia muito quente, o papelão é usado como um leque; se estiver muito sol, o papelão já adquire a função de guarda-sol; se tivermos de esperar muito tempo numa fila e não houver umas cadeirinhas, põe-se o papelãozinho no chão de modo a não sujar as calças.

Contudo, o papelão deles era um papelão diferente. Era daqueles onde se podem ler coisas como: “senhor não ter trabalho e ser muito doente, 5 filhos”. Tendo em conta a hora, a primeira coisa que me veio à cabeça foi, “Olha, estes entram as 8:30 no emprego!”. Curiosamente não estavam acompanhados de crianças e só as mulheres é que tinham cartões.

Abrações

Diana

Sem comentários: